A medicina ainda não desenvolveu recursos que permitam afirmar com precisão quais pessoas podem desenvolver um câncer, seja ele de qualquer tipo. Porém, os especialistas já sabem que existem alguns fatores que favorecem o desenvolvimento dessa doença em suas diferentes versões.

Eles são chamados fatores de risco, e quando uma pessoa está exposta a um ou vários, suas chances de ter um câncer são maiores do que para aqueles que não sofrem essa exposição. Neste artigo falaremos sobre o que favorece o surgimento do câncer de pâncreas.

Continue lendo para descobrir o que aumenta o risco de ter essa doença e saiba um pouco mais sobre ela, seus tipos principais, sintomas, entre outras informações para se informar sobre esse assunto.

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Sobre o câncer de pâncreas

O pâncreas tem duas funções muito importantes para a saúde humana. Ele é responsável por produzir as substâncias que participam do processo de digestão dos alimentos, além de produzir a insulina e outros hormônios que controlam os níveis de açúcar no sangue. Por isso ele é um órgão fundamental.

Como ocorre com outros órgãos, células com mutações podem se desenvolver e multiplicar, levando à formação de tumores. É dessa forma que tem início o câncer pancreático. Ele recebe duas classificações principais, sendo tumor exócrino e tumor endócrino, dependendo das células que foram afetadas.

No tumor exócrino as células que sofrem mutações são aquelas responsáveis por produzir os sucos digestivos; já nos tumores endócrinos, as células que sofrem mutação são aquelas que produzem a insulina. A maioria dos casos de câncer pancreático é de tumores exócrinos que, inclusive, crescem mais rápido do que os endócrinos.

Causas e fatores de risco do câncer de pâncreas

As causas exatas do câncer de pâncreas ainda não são conhecidas, mas mudanças no DNA da pessoa desempenham um papel ativo em muitos tipos de câncer, inclusive o pancreático. De toda forma, existem fatores de risco que favorecem o surgimento dessa doença.

Esses fatores podem ser de origem externa (extrínseca), ou seja, pelo contato do indivíduo com algum agente, condição ambiental ou produto químico. No caso do câncer de pâncreas, a exposição à fumaça coloca a pessoa em risco.

Existem, também, os fatores intrínsecos, caracterizados como condições orgânicas pré-existentes e doenças sistêmicas que contribuem para o câncer pancreático. Entre elas estão:

● pancreatite crônica;
● pancreatite hereditária;
● diabetes
● síndrome de Linch.

O histórico familiar de câncer de pâncreas também aponta para uma maior suscetibilidade à doença. Porém, é válido lembrar que estar em um grupo de risco não significa que o indivíduo de fato vá desenvolver os tumores malignos. Ele apenas tem uma propensão maior do que o restante das pessoas.

Sintomas e diagnóstico do câncer de pâncreas

Quando o câncer de pâncreas está ainda em seus estágios iniciais o paciente se mostra assintomático, ou seja, essa doença é silenciosa e não costuma provocar incômodos nem apresentar manifestações que caracterizem a sua presença.

Isso geralmente acontece quando o tumor já se espalhou. Então, os sinais que o corpo emite são:

• dor na parte superior da barriga ou nas costas;
• perda de peso inexplicável;
• cansaço extremo;
• icterícia (amarelamento da pele e dos olhos).

Outra característica do câncer de pâncreas é o fato de que ainda não foram desenvolvidos testes ou exames que apresentem uma boa eficácia para diagnosticar a doença quando ela está em estágio inicial.

De toda forma, o diagnóstico é feito por meio de exames de imagem que investigam o órgão e suas áreas adjacentes, como a ressonância magnética e a tomografia computadorizada. A biópsia também é uma alternativa para estudar os tecidos em laboratório e identificar mutações celulares.

É importante saber que o tratamento do câncer pancreático apresenta maiores taxas de sucesso quando a doença é diagnosticada precocemente. Porém, como explicamos, na maioria das vezes ela já se espalhou, por isso, o ideal é fazer o acompanhamento das pessoas do grupo de risco.

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Desse modo, é possível controlar o seu quadro clínico e identificar alterações quando elas estiverem em fases iniciais, evitando que o câncer se torne mais grave. Portanto, caso você esteja em um grupo de risco não deixe de fazer o acompanhamento médico para prevenir o câncer de pâncreas.