Adenocarcinoma de pâncreas

Sobre o Pâncreas e o Câncer de Pâncreas

O pâncreas é um órgão alongado localizado atrás do estômago, entre o estômago e a coluna vertebral. Ele produz secreções que ajudam na digestão e também produz insulina e outros hormônios que ajudam o corpo a absorver o açúcar e controlar o açúcar no sangue.

O pâncreas é formado principalmente por dois tipos de células:

  • CÉLULAS EXÓCRINAS: que produzem e liberam enzimas que ajudam na digestão dos alimentos.
  • CÉLULAS ENDÓCRINAS: que produzem e liberam hormônios importantes diretamente na corrente sanguínea.

A maioria dos cânceres pancreáticos começam nas células exócrinas que revestem os ductos do pâncreas. Estes são chamados adenocarcinomas pancreáticos, o subtipo mais comum de câncer pancreático e que será discutido aqui.

Quando o câncer começa nas células endócrinas pancreáticas, é chamado de tumor neuroendócrino pancreático (NET). Existem muitos subtipos desse tipo de tumor.

Adenocarcinoma de Pâncreas 1

Fatores de risco para o Câncer de Pâncreas adenocarcinoma

Alguns fatores de risco podem ser alterados, enquanto outros não. Importante lembrar que nem todo mundo que possui fatores de risco irá desenvolver câncer de pâncreas, no entanto se você tiver um ou mais fatores, discuta com seu médico.

Fatores de risco que podem ser alterados:

• TABAGISMO: as pessoas que fumam têm até duas vezes mais chances de desenvolver câncer de pâncreas do que pessoas não fumantes.

• OBESIDADE: Estar muito acima do peso pode aumentar em até 20% sua chance de desenvolver câncer de pâncreas.

Fatores que não podem ser alterados:

• IDADE: O risco de câncer de pâncreas aumenta de forma acentuada após os 55 anos.

• HISTÓRICO FAMILIAR: Alterações genéticas hereditárias podem ser responsáveis por cerca de 10% dos casos.

• DIABETES: Pessoas com histórico de diabetes tipo 2 de longa data têm uma probabilidade maior de desenvolver a doença.

• PANCREATITE CRÔNICA: Inflamações de repetição podem estar relacionadas a um maior risco de câncer, especialmente em fumantes.

Quais são os sintomas do câncer de pâncreas – adenocarcinoma

O câncer de pâncreas geralmente não causa sintomas em seus estágios iniciais. Sendo assim quando os sintomas aparecem, eles frequentemente são relacionados ao comprometimento/compressão dos órgãos vizinhos ao pâncreas no sistema digestivo.

Os sintomas do câncer de pâncreas podem incluir:

• Icterícia ou amarelamento da pele e dos olhos;
• Urina escura ou fezes de cor clara;
• Dor no abdômen ou no meio das costas;
• Inchaço ou sensação de plenitude;
• Falta de apetite;
• Fadiga e náuseas;
• Perda de peso inexplicável;
• Diabetes de início súbito.

Lembre-se

Esses sintomas nem sempre significam que você tem câncer de pâncreas. No entanto, caso passe a sentir qualquer um deles, é importante informar seu médico, pois eles podem indicar outros problemas de saúde.

Como o câncer de pâncreas é diagnosticado?

Os sinais e sintomas do câncer de pâncreas não estão presentes usualmente nos estágios iniciais da doença, além disso a localização mais profunda do pâncreas  dentro da cavidade abdominal, torna mais difícil para que ele seja palpado em exames clínicos ou em exames de imagem não apropriados. Todos esses fatores tornam o diagnóstico do câncer de pâncreas um diagnóstico difícil.

Geralmente, são necessários  vários tipos de exames diagnósticos para encontrar e estadiar (determinar a extensão) o câncer de pâncreas. O diagnóstico e o estadiamento precisos são importantes porque ajudam o médico a escolher o melhor tipo de tratamento.

Exames diagnóstico para câncer de pâncreas

– Exames de imagem

Uma das melhores maneiras de diagnosticar o câncer de pâncreas é por exames que possibilitem visualizar o pâncreas e as áreas ao seu redor. Esses exames podem ser usados para descobrir possíveis tumores, verificar se um tumor se espalhou e determinar se o tratamento está funcionando. Durante alguns tipos de exames de imagem, amostras de tecido para biópsia podem ser obtidas se algum tumor foi detectado. Os exames de imagem mais comuns para detectar o câncer de pâncreas incluem:

 

  • TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA: um procedimento ambulatorial indolor e rápido que usa uma série de raios-X tirados para fornecer uma imagem do pâncreas. É uma das principais opções para o diagnóstico e estadiamento do câncer de pâncreas.

 

  • RESSONÂNCIA MAGNÉTICA: procedimento ambulatorial e indolor que usa ímãs, em vez de raios-X, para fornecer uma imagem do pâncreas. Embora as tomografias sejam mais comumente usadas, às vezes uma ressonância magnética pode ajudar a visualizar tumores difíceis de ver.

 

  • ULTRASSOM ENDOSCÓPICO: Procedimento muito semelhante a uma endoscopia porém utiliza-se um endoscópio especial com uma sonda de ultrassom na ponta para mostrar o pâncreas em uma tela de vídeo. Se houver suspeita de câncer, um pequeno pedaço de tecido pode ser retirado para biópsia.

 

  • COLANGIOPANCREATOGRAFIA ENDOSCÓPICA RETRÓGADA (CPRE): um endoscópio especial é inserido pela boca e direcionado para a parte do intestino delgado onde saem os ductos biliares. Neste local por um cateter menor, o contraste é injetado e é possível visualizar os ductos biliares por RX. Se houver suspeita de câncer, um pequeno pedaço de tecido pode ser retirado para biópsia ou se os ductos estiverem bloqueados por um tumor, um stent pode ser inserido para aliviar o bloqueio. Isso pode ajudar a aliviar dores de estômago e problemas digestivos.

– Biópsia

A biópsia é a remoção de um pequeno pedaço de tecido para visualização sob um microscópio para determinar se há câncer ou não. Apesar dos exames de imagem serem capazes de mostrar se há presença de tumor ou não, em casos selecionados a biópsia é necessária para confirmação do diagnóstico.

As maneiras mais frequentes de se obter as biópsias de tumores localizados de pâncreas são durante um ultrassom endoscópico ou colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE). Para pacientes com doença metastática, geralmente é preferida uma biópsia do local mais acessível.

– Exames de sangue

Exames laboratoriais gerais sempre são colhidos no intuito de averiguar a saúde do paciente, assim como exames mais específicos para checar a função de órgãos que podem estar afetados por um tumor de pâncreas, por exemplo; checar a função hepática (bilirrubina entre outros exames)

O marcador tumoral CA-19-9 é sempre utilizado, pois altos níveis desse marcador pode indicar a presença de câncer de pâncreas quando associado a suspeita clínica e achados de exames de imagens. Os níveis  de CA-19-9 também podem ser utilizados para o acompanhamento do tratamento.

Formas de tratamento para o câncer de pâncreas

Assim que o diagnóstico de câncer de pâncreas é feito, a primeira medida a ser feita é o estadiamento, que significa determinar a extensão da doença no corpo, se ele se espalhou para outros órgãos ou não. Isso irá ajudar o médico a planejar a melhor forma de tratamento.

Infelizmente, a maior parte dos tumores de pâncreas é diagnosticada tardiamente quando já se espalhou para outras partes, mas  em  aproximadamente 20% dos casos os tumores estão só no pâncreas e assim podem ser retirados por cirurgia. Normalmente, os pacientes poderão necessitar de mais de uma forma de tratamento.

As terapias que podem ser recomendadas para tratar o câncer de pâncreas ou ajudar a aliviar  seus  sintomas são:

  • Cirurgia
  • Quimioterapia
  • Radiação

A cirurgia para o câncer de pâncreas

A cirurgia é a única forma de tratamento que potencialmente cura o câncer de pâncreas, porém ela é uma opção apenas em cerca de 20% dos casos. Apesar da cirurgia ser a única forma de tratamento curativo para a doença, ela deve ser reservada apenas para quando ela puder fornecer benefícios clínicos para o paciente.

A cirurgia é realizada naqueles pacientes onde o tumor está apenas no pâncreas. Em alguns casos onde o câncer atingiu tecidos e vasos ao redor do pâncreas mas há potencialmente a chance de se retirar todo o tumor cirurgicamente, existem possibilidades para aumentar a chance de sucesso de retirada total do tumor, como realizar quimioterapia antes da cirurgia, ou receber quimio e radioterapia antes da cirurgia.

Os principais de tipos de cirurgias utilizadas no tratamento do câncer de pâncreas são:

  • POTENCIALMENTE CURATIVA: tentativa de tratar o câncer de pâncreas removendo-o.
  • PALIATIVA: tentativa de aliviar sintomas como os causados pela obstrução dos ductos biliares (ex: icterícia) ou os sintomas causados por alguma obstrução no intestino.

Cirurgia potencialmente curativa

Quando o câncer de pâncreas está apenas no pâncreas ou quando às vezes se estende apenas para os tecidos próximos, o tumor pode ser removido com cirurgia. A retirada completa do tumor com cirurgia geralmente é a melhor chance de cura do câncer de pâncreas. A remoção incompleta, parcial de tumores não ajuda os pacientes a viver mais, por isso a cirurgia é feita apenas se o câncer puder ser removido completamente.

Uma das cirurgias mais realizadas para a retirada de um tumor de pâncreas (a depender de sua localização) é chamada de duodenopancreatectomia, ou, também pode ser chamada de cirurgia de Whipple. Esta operação remove partes do pâncreas, intestino delgado, linfonodos próximos, vesícula biliar, ducto biliar e, às vezes, partes do estômago. Está é uma cirurgia complexa, que pode apresentar alto risco de complicações, mesmo quando realizada por cirurgiões experientes. Estudos demonstraram que esse procedimento é mais bem-sucedido e tem menos riscos quando é realizada por cirurgiões especialistas na área do pâncreas e vias biliares.

Cirurgia paliativa

Em muitos casos o tumor não pode ser totalmente retirado com cirurgia. Para esses pacientes a cirurgia é reservada para ajudar aliviar os sintomas  que o tumor que cresceu muito está causando.  Um dos sintomas mais frequentes de tumores avançados é a compressão com bloqueio dos ductos biliares (saiba mais sobre os ductos biliares aqui) levando a um acúmulo de bile, icterícia (pele amarelada), dor, infecções entre outros sintomas

 

  • COLOCAÇÃO DE STENT: tubos de metal, chamados de stents são colocados nos canais da bile e ajudam a manter esse canais abertos. Isso geralmente é feito durante a colangiopancreatografia endoscópica retrógrada (CPRE).

 

  • OPERAÇÕES DE DERIVAÇÃO: o caminho da bile para o intestino é refeito, transpondo o pâncreas. Essas cirurgias apesar de causar um alívio mais duradouro, possuem uma recuperação mais longa e chance de complicação maior do que a colocação dos stents

Tumor Irressecável e Tumor Metastático

Pacientes com câncer de pâncreas irressecável são potenciais candidatos a receber quimioterapia e  podem ser considerados para radioterapia. Pacientes com tumores metastáticos são tratados com quimioterapia, avaliando sempre o estado geral de saúde, tolerância e vontade do paciente. A radioterapia nestes casos pode ser aplicada para alívio dos sintomas.

Oncofígado Cirurgia de Fígado e Vias Biliares é de responsabilidade de:

Dr. Rodrigo Vincenzi CRM 104586 (veja o currículo completo)
Dra. Karina Roda Vincenzi CRM 133977 (veja o currículo completo)

Adenocarcinoma de pâncreas

Sobre o Pâncreas e o
Câncer de Pâncreas

O pâncreas é um órgão alongado localizado atrás do estômago, entre o estômago e a coluna vertebral. Ele produz secreções que ajudam na digestão e também produz insulina e outros hormônios que ajudam o corpo a absorver o açúcar e controlar o açúcar no sangue.

O pâncreas é formado principalmente por dois tipos de células:

CÉLULAS EXÓCRINAS: que produzem e liberam enzimas que ajudam na digestão dos alimentos.

CÉLULAS ENDÓCRINAS: que produzem e liberam hormônios importantes diretamente na corrente sanguínea.

A maioria dos cânceres pancreáticos começam nas células exócrinas que revestem os ductos do pâncreas. Estes são chamados adenocarcinomas pancreáticos, o subtipo mais comum de câncer pancreático e que será discutido aqui.

Quando o câncer começa nas células endócrinas pancreáticas, é chamado de tumor neuroendócrino pancreático (NET). Existem muitos subtipos desse tipo de tumor.

Adenocarcinoma de Pâncreas 1

Fatores de risco para o Câncer de Pâncreas adenocarcinoma

Alguns fatores de risco podem ser alterados, enquanto outros não. Importante lembrar que nem todo mundo que possui fatores de risco irá desenvolver câncer de pâncreas, no entanto se você tiver um ou mais fatores, discuta com seu médico.

Fatores de risco que podem ser alterados:

• TABAGISMO: as pessoas que fumam têm até duas vezes mais chances de desenvolver câncer de pâncreas do que pessoas não fumantes.

• OBESIDADE: Estar muito acima do peso pode aumentar em até 20% sua chance de desenvolver câncer de pâncreas.

Fatores que não podem ser alterados:

• IDADE: O risco de câncer de pâncreas aumenta de forma acentuada após os 55 anos.

• HISTÓRICO FAMILIAR: Alterações genéticas hereditárias podem ser responsáveis por cerca de 10% dos casos.

• DIABETES: Pessoas com histórico de diabetes tipo 2 de longa data têm uma probabilidade maior de desenvolver a doença.

• PANCREATITE CRÔNICA: Inflamações de repetição podem estar relacionadas a um maior risco de câncer, especialmente em fumantes.

Quais são os sintomas do câncer de pâncreas- adenocarcinoma

O câncer de pâncreas geralmente não causa sintomas em seus estágios iniciais. Sendo assim quando os sintomas aparecem, eles frequentemente são relacionados ao comprometimento/compressão dos órgãos vizinhos ao pâncreas no sistema digestivo.

Os sintomas do câncer de pâncreas podem incluir:

• Icterícia ou amarelamento da pele e dos olhos;
• Urina escura ou fezes de cor clara;
• Dor no abdômen ou no meio das costas;
• Inchaço ou sensação de plenitude;
• Falta de apetite;
• Fadiga e náuseas;
• Perda de peso inexplicável;
• Diabetes de início súbito.

Lembre-se

Esses sintomas nem sempre significam que você tem câncer de pâncreas. No entanto, caso passe a sentir qualquer um deles, é importante informar seu médico, pois eles podem indicar outros problemas de saúde.

Como o câncer de pâncreas é diagnosticado?

Os sinais e sintomas do câncer de pâncreas não estão presentes usualmente nos estágios iniciais da doença, além disso a localização mais profunda do pâncreas  dentro da cavidade abdominal, torna mais difícil para que ele seja palpado em exames clínicos ou em exames de imagem não apropriados. Todos esses fatores tornam o diagnóstico do câncer de pâncreas um diagnóstico difícil.

Geralmente, são necessários  vários tipos de exames diagnósticos para encontrar e estadiar (determinar a extensão) o câncer de pâncreas. O diagnóstico e o estadiamento precisos são importantes porque ajudam o médico a escolher o melhor tipo de tratamento.

Exames diagnóstico para câncer de pâncreas

– Exames de imagem

Uma das melhores maneiras de diagnosticar o câncer de pâncreas é por exames que possibilitem visualizar o pâncreas e as áreas ao seu redor. Esses exames podem ser usados para descobrir possíveis tumores, verificar se um tumor se espalhou e determinar se o tratamento está funcionando. Durante alguns tipos de exames de imagem, amostras de tecido para biópsia podem ser obtidas se algum tumor foi detectado. Os exames de imagem mais comuns para detectar o câncer de pâncreas incluem:

• TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA: um procedimento ambulatorial indolor e rápido que usa uma série de raios-X tirados para fornecer uma imagem do pâncreas. É uma das principais opções para o diagnóstico e estadiamento do câncer de pâncreas.

• RESSONÂNCIA MAGNÉTICA: procedimento ambulatorial e indolor que usa ímãs, em vez de raios-X, para fornecer uma imagem do pâncreas. Embora as tomografias sejam mais comumente usadas, às vezes uma ressonância magnética pode ajudar a visualizar tumores difíceis de ver.

• ULTRASSOM ENDOSCÓPICO: Procedimento muito semelhante a uma endoscopia porém utiliza-se um endoscópio especial com uma sonda de ultrassom na ponta para mostrar o pâncreas em uma tela de vídeo. Se houver suspeita de câncer, um pequeno pedaço de tecido pode ser retirado para biópsia.

• COLANGIOPANCREATOGRAFIA ENDOSCÓPICA RETRÓGADA (CPRE): um endoscópio especial é inserido pela boca e direcionado para a parte do intestino delgado onde saem os ductos biliares. Neste local por um cateter menor, o contraste é injetado e é possível visualizar os ductos biliares por RX. Se houver suspeita de câncer, um pequeno pedaço de tecido pode ser retirado para biópsia ou se os ductos estiverem bloqueados por um tumor, um stent pode ser inserido para aliviar o bloqueio. Isso pode ajudar a aliviar dores de estômago e problemas digestivos.

– Biópsia

A biópsia é a remoção de um pequeno pedaço de tecido para visualização sob um microscópio para determinar se há câncer ou não. Apesar dos exames de imagem serem capazes de mostrar se há presença de tumor ou não, em casos selecionados a biópsia é necessária para confirmação do diagnóstico.

As maneiras mais frequentes de se obter as biópsias de tumores localizados de pâncreas são durante um ultrassom endoscópico ou colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE). Para pacientes com doença metastática, geralmente é preferida uma biópsia do local mais acessível.

– Exames de sangue

Exames laboratoriais gerais sempre são colhidos no intuito de averiguar a saúde do paciente, assim como exames mais específicos para checar a função de órgãos que podem estar afetados por um tumor de pâncreas, por exemplo; checar a função hepática ( bilirrubina entre outros exames)

O marcador tumoral CA-19-9 é sempre utilizado, pois altos níveis desse marcador pode indicar a presença de câncer de pâncreas quando associado a suspeita clínica e achados de exames de imagens. Os níveis  de CA-19-9 também podem ser utilizados para o acompanhamento do tratamento.

Formas de tratamento para o câncer de pâncreas

Assim que o diagnóstico de câncer de pâncreas é feito, a primeira medida a ser feita é o estadiamento, que significa determinar a extensão da doença no corpo, se ele se espalhou para outros órgãos ou não. Isso irá ajudar o médico a planejar a melhor forma de tratamento.

Infelizmente, a maior parte dos tumores de pâncreas é diagnosticada tardiamente quando já se espalhou para outras partes, mas  em  aproximadamente 20% dos casos os tumores estão só no pâncreas e assim podem ser retirados por cirurgia. Normalmente, os pacientes poderão necessitar de mais de uma forma de tratamento.

As terapias que podem ser recomendadas para tratar o câncer de pâncreas ou ajudar a aliviar  seus  sintomas são:

  • Cirurgia
  • Quimioterapia
  • Radiação

A cirurgia para o câncer de pâncreas

A cirurgia é a única forma de tratamento que potencialmente cura o câncer de pâncreas, porém ela é uma opção apenas em cerca de 20% dos casos. Apesar da cirurgia ser a única forma de tratamento curativo para a doença, ela deve ser reservada apenas para quando ela puder fornecer benefícios clínicos para o paciente.

A cirurgia é realizada naqueles pacientes onde o tumor está apenas no pâncreas. Em alguns casos onde o câncer atingiu tecidos e vasos ao redor do pâncreas mas há potencialmente a chance de se retirar todo o tumor cirurgicamente, existem possibilidades para aumentar a chance de sucesso de retirada total do tumor, como realizar quimioterapia antes da cirurgia, ou receber quimio e radioterapia antes da cirurgia.

Os principais de tipos de cirurgias utilizadas no tratamento do câncer de pâncreas são:

• POTENCIALMENTE CURATIVA: tentativa de tratar o câncer de pâncreas removendo-o.

• PALIATIVA: tentativa de aliviar sintomas como os causados pela obstrução dos ductos biliares (ex: icterícia) ou os sintomas causados por alguma obstrução no intestino.

Cirurgia potencialmente curativa

Quando o câncer de pâncreas está apenas no pâncreas ou quando às vezes se estende apenas para os tecidos próximos, o tumor pode ser removido com cirurgia. A retirada completa do tumor com cirurgia geralmente é a melhor chance de cura do câncer de pâncreas. A remoção incompleta, parcial de tumores não ajuda os pacientes a viver mais, por isso a cirurgia é feita apenas se o câncer puder ser removido completamente.

Uma das cirurgias mais realizadas para a retirada de um tumor de pâncreas (a depender de sua localização) é chamada de duodenopancreatectomia, ou, também pode ser chamada de cirurgia de Whipple. Esta operação remove partes do pâncreas, intestino delgado, linfonodos próximos, vesícula biliar, ducto biliar e, às vezes, partes do estômago. Está é uma cirurgia complexa, que pode apresentar alto risco de complicações, mesmo quando realizada por cirurgiões experientes. Estudos demonstraram que esse procedimento é mais bem-sucedido e tem menos riscos quando é realizada por cirurgiões especialistas na área do pâncreas e vias biliares.

Cirurgia paliativa

Em muitos casos o tumor não pode ser totalmente retirado com cirurgia. Para esses pacientes a cirurgia é reservada para ajudar aliviar os sintomas  que o tumor que cresceu muito está causando.  Um dos sintomas mais frequentes de tumores avançados é a compressão com bloqueio dos ductos biliares (saiba mais sobre os ductos biliares aqui) levando a um acúmulo de bile, icterícia (pele amarelada), dor, infecções entre outros sintomas

 

  • COLOCAÇÃO DE STENT: tubos de metal, chamados de stents são colocados nos canais da bile e ajudam a manter esse canais abertos. Isso geralmente é feito durante a colangiopancreatografia endoscópica retrógrada (CPRE).
  • OPERAÇÕES DE DERIVAÇÃO: o caminho da bile para o intestino é refeito, transpondo o pâncreas. Essas cirurgias apesar de causar um alívio mais duradouro, possuem uma recuperação mais longa e chance de complicação maior do que a colocação dos stents

Tumor Irressecável e Tumor Metastático

Pacientes com câncer de pâncreas irressecável são potenciais candidatos a receber quimioterapia e  podem ser considerados para radioterapia. Pacientes com tumores metastáticos são tratados com quimioterapia, avaliando sempre o estado geral de saúde, tolerância e vontade do paciente. A radioterapia nestes casos pode ser aplicada para alívio dos sintomas.

Oncofígado Cirurgia de Fígado e Vias Biliares é de responsabilidade de:

Dr. Rodrigo Vincenzi CRM 104586 (veja o currículo completo)
Dra. Karina Roda Vincenzi CRM 133977 (veja o currículo completo)