Transplante de Fígado
O transplante de fígado é basicamente a troca de um fígado doente por um fígado saudável, proveniente de outra pessoa. É uma cirurgia considerada complexa, mas os avanços na medicina permitem que esta cirurgia seja feita com segurança e bons resultados.
Nesta cirurgia, todo o fígado doente é retirado, e para isto todas as conexões dele com o corpo precisam ser desfeitas. O novo fígado é colocado no lugar onde o fígado antigo estava, e novas conexões são feitas para que o sangue passe a circular no novo órgão, e assim ele possa começar a funcionar.
Além das conexões com os vasos sanguíneos (chamadas de anastomoses), é feita também uma conexão que permite o escoamento da bile que é produzida dentro do fígado novo para o sistema digestivo, permitindo que a bile possa participar da digestão dos alimentos. É o acúmulo de bile no fígado doente que faz o paciente hepatopata ficar com a pele amarelada (ictérico), um dos sinais de doença hepática.
Por que eu preciso de um transplante de fígado?
A cirrose hepática (hepatopatia crônica) pode ser causada por:
- Hepatite B e Hepatite C (vírus)
- Ingestão de Álcool
- Inflamação crônica por acúmulo de gordura (esteatose)
- Carcinoma hepatocelular (HCC)
- Metástases para o fígado de tumores colorretais
- Metástasis para o fígado de tumores neuroendócrinos
- Hepatite autoimune
- Doenças genéticas que acometem o fígado, como doença de Wilson e hemocromatose
Em crianças, a indicação mais comum de transplante de fígado é a atresia de vias biliares, doença na qual a criança nasce com problemas na formação dos ductos biliares.
Outros pacientes que podem precisar de transplante de fígado são pacientes com tumores no fígado (clique aqui e saiba mais sobre tumores no fígado). Muitas vezes não apresentam cirrose, mas a troca do fígado pode ser a única opção de cura do tumor. O transplante pode ser indicado nos seguintes tipos de tumor:
- Carcinoma hepatocelular (HCC)
- Metástases para o fígado de tumores colorretais
- Metástases para o fígado de tumores neuroendócrinos
De onde vem o fígado novo?
O transplante só ocorrerá se existir a doação de órgãos, e o doador tiver tipo sanguíneo compatível. Existem dois tipos de doadores:
- DOADOR FALECIDO: chamado antigamente de doador cadáver: é a pessoa que tem morte cerebral diagnosticada (geralmente por acidentes de trânsito ou doença cerebral popularmente conhecida como derrame) e manifestou no passado, para a família, o desejo de ser doador;
- DOADOR VIVO: é a pessoa que deseja doar em vida parte do seu fígado, podendo ser parente ou não
O transplante é feito com mais frequência com o doador falecido. Entretanto, como a fila de espera por um fígado é muito maior do que a quantidade de doadores falecidos disponíveis , o transplante com doador vivo (transplante intervivos) é realizado cada vez com mais frequência.
A doação em vida só é possível porque o fígado tem a capacidade de regeneração, não prejudicando a saúde da pessoa que fez a doação (saiba mais sobre o transplante com doador vivo).
Quem cuidará de mim durante o transplante?
O cuidado com a sua saúde não será feito por apenas um profissional, mas por um time especializado em doenças do fígado formado por cirurgiões, anestesistas, clínicos, enfermeiras especialistas em transplante, radiologistas, farmacêuticos, nutricionistas, fisioterapeutas e outros profissionais da saúde, antes, durante e depois do seu transplante.
A nossa equipe foi idealizada e é liderada pelo Dr. Paulo Chapchap desde os anos 90. Desde então, mais de 1000 transplantes de fígado com doador vivo foram realizados pelo nosso time, com resultados iguais aos obtidos nos melhores centros de transplantes do mundo.
A existência de um time altamente especializado em um só lugar, torna as discussões e decisões entre o time mais ágeis e coordenadas, permitindo que todos trabalhem seguindo a mesma linha de raciocínio, pensando no melhor tratamento para você, de maneira humana e acolhedora, como deve ser sempre.
Como será minha avaliação para o transplante? Quais exames serão feitos?
Por ser uma cirurgia de grande porte, a sua saúde deverá estar nas melhores condições possíveis para que o risco cirúrgico seja reduzido, e a sua recuperação mais rápida. Para isto, você realizará:
- Exames de sangue, para checar o funcionamento do seu metabolismo e grau de doença hepática
- Exames de imagem, como ultrassonografia de abdome, ressonância nuclear magnética e tomografia computadorizada, dependendo da doença no fígado
- Exames para avaliar a saúde do coração e pulmões, como ecocardiograma, cintilografia do miocárdio e prova de função pulmonar
- Avaliação com a equipe multiprofissional
Após a conclusão desses testes e consultas, o nosso time se reunirá para avaliar seus exames e discutir se o transplante de fígado é o melhor tratamento para você. Se a resposta for sim, o próximo passo será inscrevê-lo na lista de espera da central de transplantes.
Como funciona a lista de espera?
A lista de espera por um fígado segue uma legislação bastante rigorosa, no sentido de dar prioridade aos pacientes em situação mais grave. Isto porque não existem fígados de doadores falecidos para todos os pacientes inscritos na lista, sendo necessário assim esperar a sua vez chegar para receber uma doação.
A posição na lista depende de uma pontuação chamada MELD (Model for End-Stage Liver Disease,) para idade igual ou superior a 12 anos, ou PELD (Pediatric End-Stage Liver Disease), para crianças com idade inferior a 12 anos. Quanto maior a pontuação, mais grave é o caso, e maiores são as chances de se conseguir um órgão. Esta pontuação leva em consideração alguns exames que avaliam o funcionamento do seu fígado.
Quanto tempo demora para aparecer um órgão?
O tempo de espera é imprevisível. Quando um doador aparece, a central de transplantes entra em contato com as equipes de acordo com a posição do paciente na lista, lembrando que a lista é única para todo o sistema de saúde. Após ser notificada, a equipe analisa os exames do possível doador e decide se aceitará aquele fígado para o seu paciente ou não. Esta decisão leva em consideração também as condições atuais de saúde do receptor.
Caso a nossa equipe seja notificada e decida que o doador ofertado é adequado para a sua condição de saúde, você receberá um telefonema pedindo para ir ao hospital imediatamente, para que seja preparado para o transplante. O processo entre a ligação inicial e o transplante demora algumas horas, e a decisão de seguir em frente com a cirurgia só é tomada após algum médico avaliar presencialmente as condições do fígado do possível doador.
Caso eu tenha um doador vivo, tenho que aguardar na lista de espera?
Não. Caso alguém compatível se voluntarie a doar uma parte do fígado para você, e seja aprovado pela equipe médica e multiprofissional, você não precisará aguardar na lista de espera. Você será inscrito na lista única da central de transplantes como todo receptor, mas a data do transplante será decidida pela equipe médica (saiba mais sobre o transplante intervivos).
Para doar parte do fígado em vida, o candidato a doador deverá ser uma pessoa saudável, com idade entre 18 e 50 anos e ter grupo sanguíneo compatível. Pode ser familiar, amigo ou mesmo não ter relação nenhuma com a família. A aprovação como doador só ocorrerá após uma avaliação rigorosa da equipe multiprofissional, com o objetivo de reduzir os riscos para o doador. Em caso de doadores não parentes, a análise do caso pela comissão de ética do hospital e de um juiz será necessária para a autorização do transplante.
Após o transplante, como será minha recuperação no hospital?
- Ao término do transplante, você será encaminhado para a unidade de terapia intensiva (UTI), onde ficará nos primeiros dias após o transplante. Na UTI, a monitorização e os exames são mais frequentes, para que possíveis alterações sejam detectadas de maneira mais rápida e corrigidas.
- Uma vez estável, já se alimentando, você permanecerá internado por mais alguns dias na unidade de internação, onde continuará sua recuperação. Exames diários de sangue geralmente são realizados
- Após a alta, você será orientado a retornar para o hospital para acompanhamento e coletas de exames em períodos variados durante a semana
Preciso tomar medicamentos para combater ou evitar a rejeição?
Sim, você precisará tomar medicamentos imunossupressores por toda a vida. A quantidade será reduzida com o passar do tempo, mas nunca deixe de seguir a orientação médica em relação a qualquer tipo de remédio.
Se você parar de tomar as medicações prescritas, seu sistema imune ataca o fígado novo e ele deixará de funcionar.
Após o transplante, quanto tempo precisarei fazer acompanhamento médico?
O sucesso a longo prazo de qualquer tipo de transplante depende de uma relação muito próxima entre paciente e equipe de transplante. A quantidade de consultas reduzirá ao longo do tempo, mas o acompanhamento médico será feito durante toda a sua vida. Ele é necessário para:
- Ajuste de dose dos imunossupressores
- Prevenção de possíveis doenças no fígado novo
- Prevenção de câncer
- Detecção e tratamento de possíveis quadros infecciosos
- Orientações dietéticas e de estilo de vida
Dr. Rodrigo Vincenzi CRM 104586 (veja o currículo completo)
Dra. Karina Roda Vincenzi CRM 133977 (veja o currículo completo)
Transplante de Fígado
O transplante de fígado é basicamente a troca de um fígado doente por um fígado saudável, proveniente de outra pessoa. É uma cirurgia considerada complexa, mas os avanços na medicina permitem que esta cirurgia seja feita com segurança e bons resultados.
Nesta cirurgia, todo o fígado doente é retirado, e para isto todas as conexões dele com o corpo precisam ser desfeitas. O novo fígado é colocado no lugar onde o fígado antigo estava, e novas conexões são feitas para que o sangue passe a circular no novo órgão, e assim ele possa começar a funcionar.
Além das conexões com os vasos sanguíneos (chamadas de anastomoses), é feita também uma conexão que permite o escoamento da bile que é produzida dentro do fígado novo para o sistema digestivo, permitindo que a bile possa participar da digestão dos alimentos. É o acúmulo de bile no fígado doente que faz o paciente hepatopata ficar com a pele amarelada (ictérico), um dos sinais de doença hepática.
Por que eu preciso de um transplante de fígado?
A cirrose hepática (hepatopatia crônica) pode ser causada por:
- Hepatite B e Hepatite C (vírus)
- Ingestão de Álcool
- Inflamação crônica por acúmulo de gordura (esteatose)
- Carcinoma hepatocelular (HCC)
- Metástases para o fígado de tumores colorretais
- Metástasis para o fígado de tumores neuroendócrinos
- Hepatite autoimune
- Doenças genéticas que acometem o fígado, como doença de Wilson e hemocromatose
Em crianças, a indicação mais comum de transplante de fígado é a atresia de vias biliares, doença na qual a criança nasce com problemas na formação dos ductos biliares.
Outros pacientes que podem precisar de transplante de fígado são pacientes com tumores no fígado (clique aqui e saiba mais sobre tumores no fígado). Muitas vezes não apresentam cirrose, mas a troca do fígado pode ser a única opção de cura do tumor. O transplante pode ser indicado nos seguintes tipos de tumor:
- Carcinoma hepatocelular (HCC)
- Metástases para o fígado de tumores colorretais
- Metástases para o fígado de tumores neuroendócrinos
De onde vem o fígado novo?
O transplante só ocorrerá se existir a doação de órgãos, e o doador tiver tipo sanguíneo compatível. Existem dois tipos de doadores:
- DOADOR FALECIDO: chamado antigamente de doador cadáver: é a pessoa que tem morte cerebral diagnosticada (geralmente por acidentes de trânsito ou doença cerebral popularmente conhecida como derrame) e manifestou no passado, para a família, o desejo de ser doador;
- DOADOR VIVO: é a pessoa que deseja doar em vida parte do seu fígado, podendo ser parente ou não
O transplante é feito com mais frequência com o doador falecido. Entretanto, como a fila de espera por um fígado é muito maior do que a quantidade de doadores falecidos disponíveis , o transplante com doador vivo (transplante intervivos) é realizado cada vez com mais frequência.
A doação em vida só é possível porque o fígado tem a capacidade de regeneração, não prejudicando a saúde da pessoa que fez a doação (saiba mais sobre o transplante com doador vivo).
Como funciona a lista de espera?
A lista de espera por um fígado segue uma legislação bastante rigorosa, no sentido de dar prioridade aos pacientes em situação mais grave. Isto porque não existem fígados de doadores falecidos para todos os pacientes inscritos na lista, sendo necessário assim esperar a sua vez chegar para receber uma doação.
A posição na lista depende de uma pontuação chamada MELD (Model for End-Stage Liver Disease,) para idade igual ou superior a 12 anos, ou PELD (Pediatric End-Stage Liver Disease), para crianças com idade inferior a 12 anos. Quanto maior a pontuação, mais grave é o caso, e maiores são as chances de se conseguir um órgão. Esta pontuação leva em consideração alguns exames que avaliam o funcionamento do seu fígado.
Quanto tempo demora para aparecer um órgão?
O tempo de espera é imprevisível. Quando um doador aparece, a central de transplantes entra em contato com as equipes de acordo com a posição do paciente na lista, lembrando que a lista é única para todo o sistema de saúde. Após ser notificada, a equipe analisa os exames do possível doador e decide se aceitará aquele fígado para o seu paciente ou não. Esta decisão leva em consideração também as condições atuais de saúde do receptor.
Caso a nossa equipe seja notificada e decida que o doador ofertado é adequado para a sua condição de saúde, você receberá um telefonema pedindo para ir ao hospital imediatamente, para que seja preparado para o transplante. O processo entre a ligação inicial e o transplante demora algumas horas, e a decisão de seguir em frente com a cirurgia só é tomada após algum médico avaliar presencialmente as condições do fígado do possível doador.
Quem cuidará de mim durante o transplante?
O cuidado com a sua saúde não será feito por apenas um profissional, mas por um time especializado em doenças do fígado formado por cirurgiões, anestesistas, clínicos, enfermeiras especialistas em transplante, radiologistas, farmacêuticos, nutricionistas, fisioterapeutas e outros profissionais da saúde, antes, durante e depois do seu transplante.
A nossa equipe foi idealizada e é liderada pelo Dr. Paulo Chapchap desde os anos 90. Desde então, mais de 1000 transplantes de fígado com doador vivo foram realizados pelo nosso time, com resultados iguais aos obtidos nos melhores centros de transplantes do mundo.
A existência de um time altamente especializado em um só lugar, torna as discussões e decisões entre o time mais ágeis e coordenadas, permitindo que todos trabalhem seguindo a mesma linha de raciocínio, pensando no melhor tratamento para você, de maneira humana e acolhedora, como deve ser sempre.
Como será minha avaliação para o transplante? Quais exames serão feitos?
Por ser uma cirurgia de grande porte, a sua saúde deverá estar nas melhores condições possíveis para que o risco cirúrgico seja reduzido, e a sua recuperação mais rápida. Para isto, você realizará:
- Exames de sangue, para checar o funcionamento do seu metabolismo e grau de doença hepática
- Exames de imagem, como ultrassonografia de abdome, ressonância nuclear magnética e tomografia computadorizada, dependendo da doença no fígado
- Exames para avaliar a saúde do coração e pulmões, como ecocardiograma, cintilografia do miocárdio e prova de função pulmonar
- Avaliação com a equipe multiprofissional
Após a conclusão desses testes e consultas, o nosso time se reunirá para avaliar seus exames e discutir se o transplante de fígado é o melhor tratamento para você. Se a resposta for sim, o próximo passo será inscrevê-lo na lista de espera da central de transplantes.
Caso eu tenha um doador vivo, tenho que aguardar na lista de espera?
Não. Caso alguém compatível se voluntarie a doar uma parte do fígado para você, e seja aprovado pela equipe médica e multiprofissional, você não precisará aguardar na lista de espera. Você será inscrito na lista única da central de transplantes como todo receptor, mas a data do transplante será decidida pela equipe médica (saiba mais sobre o transplante intervivos).
Para doar parte do fígado em vida, o candidato a doador deverá ser uma pessoa saudável, com idade entre 18 e 50 anos e ter grupo sanguíneo compatível. Pode ser familiar, amigo ou mesmo não ter relação nenhuma com a família. A aprovação como doador só ocorrerá após uma avaliação rigorosa da equipe multiprofissional, com o objetivo de reduzir os riscos para o doador. Em caso de doadores não parentes, a análise do caso pela comissão de ética do hospital e de um juiz será necessária para a autorização do transplante.
Após o transplante, como será minha recuperação no hospital?
- Ao término do transplante, você será encaminhado para a unidade de terapia intensiva (UTI), onde ficará nos primeiros dias após o transplante. Na UTI, a monitorização e os exames são mais frequentes, para que possíveis alterações sejam detectadas de maneira mais rápida e corrigidas.
- Uma vez estável, já se alimentando, você permanecerá internado por mais alguns dias na unidade de internação, onde continuará sua recuperação. Exames diários de sangue geralmente são realizados
- Após a alta, você será orientado a retornar para o hospital para acompanhamento e coletas de exames em períodos variados durante a semana
Preciso tomar medicamentos para combater ou evitar a rejeição?
Sim, você precisará tomar medicamentos imunossupressores por toda a vida. A quantidade será reduzida com o passar do tempo, mas nunca deixe de seguir a orientação médica em relação a qualquer tipo de remédio.
Se você parar de tomar as medicações prescritas, seu sistema imune ataca o fígado novo e ele deixará de funcionar.
Após o transplante, quanto tempo precisarei fazer acompanhamento médico?
O sucesso a longo prazo de qualquer tipo de transplante depende de uma relação muito próxima entre paciente e equipe de transplante. A quantidade de consultas reduzirá ao longo do tempo, mas o acompanhamento médico será feito durante toda a sua vida. Ele é necessário para:
- Ajuste de dose dos imunossupressores
- Prevenção de possíveis doenças no fígado novo
- Prevenção de câncer
- Detecção e tratamento de possíveis quadros infecciosos
- Orientações dietéticas e de estilo de vida
Dr. Rodrigo Vincenzi CRM 104586 (veja o currículo completo)
Dra. Karina Roda Vincenzi CRM 133977 (veja o currículo completo)