O fígado é um órgão de extrema importância, sendo impossível uma pessoa viver sem ele. Por isso, existe a grande preocupação de manter a sua saúde e bom funcionamento, uma vez que ele pode ser acometido por diferentes tipos de problemas, sendo um deles a cirrose.

Essa doença é silenciosa e precisa de atenção porque tende a evoluir com o passar do tempo. Ela é o resultado de agressões constantes ao fígado, que destroem suas células saudáveis favorecendo o desenvolvimento da fibrose, um tipo de cicatriz. Esse tecido não permite que o fígado desempenhe corretamente suas funções.

Diversas complicações são decorrentes da cirrose não tratada, uma delas é o câncer do fígado. Como esse assunto é muito importante, preparamos este artigo para apresentar a você 5 fatos sobre a cirrose hepática que são fundamentais conhecer para entender melhor esse problema e a necessidade de cuidar bem do fígado. Continue lendo!

Conheça o trabalho em equipe para o tratamento das metástases no fígado clicando aqui!

1. No início, a cirrose hepática não provoca sintomas

Conforme citamos na introdução, uma das características da cirrose é o fato de ela ser uma doença silenciosa. Isso significa que o fígado sofre as agressões sem manifestar nenhum tipo de sintoma quando o problema está no começo. Na verdade, esse quadro pode evoluir por diversos anos.

Assim, a pessoa pode estar com seu fígado em processo de comprometimento e, mesmo assim, manter uma vida normal, como qualquer outra. Embora isso pareça bom, é muito preocupante, porque quando a cirrose é descoberta ela já está em um estágio muito avançado, com agressões significativas que afetam o funcionamento do órgão.

2. Gordura no fígado causa cirrose hepática

Muito se fala sobre o consumo de bebidas alcoólicas agredir o fígado e, com o tempo, levar ao desenvolvimento da cirrose. É verdade que a maioria dos casos é decorrente dessa condição, no entanto, existem outros fatores de risco para a manifestação desse problema, sendo que a gordura no fígado (esteatose hepática) é um deles.

O acúmulo de gordura no órgão favorece o desenvolvimento de inflamações. Elas também agridem as células saudáveis estimulando a fibrose e, com o tempo, a cirrose. É por isso que existe o alerta de que a obesidade e o sobrepeso são fatores de risco para problemas no fígado.

3. A cirrose hepática pode provocar hemorragia

Como explicamos, a cirrose que não recebe atenção com o passar do tempo desencadeia diversas complicações. Uma delas é um problema chamado de hipertensão portal. Quando isto ocorre, o sangue tenta circular pelo fígado e não consegue, sendo obrigado a fazer outro caminho.

Quando o sangue faz outro caminho, podem ocorrer dilatações e varizes de algumas veias do sistema digestivo, como as veias localizadas no estômago, esôfago ou reto, ficando alargadas e retorcidas. Com esta dilatação, estas veias se tornam frágeis, podendo ocorrer ruptura da veia e hemorragia digestiva, em forma de vômitos com sangue ou nas fezes.

4. É possível controlar a doença antes que complicações graves ocorram

A cirrose hepática é o resultado final das diversas agressões e inflamações que o fígado sofreu, causando cicatrizes no órgão. A cicatriz é a substituição de células do fígado por fibrose. Assim, quando a maior parte do órgão é substituída por fibrose, não existe mais regeneração, e nesta fase o dano é irreversível.

A abordagem médica envolve tratar sintomas e evitar que as agressões ao fígado continuem estendendo a fibrose e agravando ainda mais o quadro clínico. É realizado um trabalho para estacionar o problema, a fim de manter o funcionamento do órgão.

5. Quando a cirrose hepática é avançada, pode ser necessário “trocar o fígado”

Quando uma pessoa apresenta cirrose em estágio muito avançado, ou não realiza corretamente o acompanhamento para evitar a progressão da doença, existe o risco de o fígado ser totalmente perdido.

Nos casos em que o fígado já não funciona adequadamente e não consegue suprir as necessidades do organismo, a única opção que resta é fazer o transplante desse órgão. A pessoa precisa entrar em uma fila de espera para receber a doação de um doador com morte cerebral, ou pode receber parte do fígado de uma pessoa viva. Desta forma, é realizada a troca do fígado doente por um fígado saudável, salvando a vida da pessoa.

Uma vez confirmado o diagnóstico de câncer de fígado, como será o meu tratamento? Clique aqui e confira!

Por essas informações, é possível você perceber como a cirrose é um problema grave e preocupante. Sendo assim, o ideal é adotar medidas preventivas para que esse problema não se instale e, no caso daqueles que já o têm ou apresentem propensão para ele, é fundamental fazer o acompanhamento médico e seguir rigorosamente as instruções do especialista.