A bile é uma substância excretada pelo organismo para fazer a digestão de alimentos, principalmente de gorduras. Ela é lançada ao intestino por meio do ducto biliar, um canal que, assim como outras partes do corpo humano, pode desenvolver tumores malignos. 

O câncer do ducto biliar (colangiocarcinoma) não ocorre com muita frequência, porém, do mesmo modo como outros tipos de cânceres, requer tratamento precoce. 

Neste artigo falaremos um pouco mais sobre esse câncer que não é tão conhecido e suas formas de tratamento. Continue lendo para ficar bem informado sobre esse assunto.

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Sobre o colangiocarcinoma 

O colangiocarcinoma, ou câncer do ducto biliar, é uma forma pouco frequente de tumor maligno, com maior incidência em pessoas acima de 50 anos, fumantes e com doenças nos ductos biliares. O principal sintoma relacionado ao colangiocarcinoma é a icterícia (olhos e peles amarelados), geralmente acompanhada de perda de peso.
Por fazerem a conexão entre o fígado (órgão que produz a bile) e o duodeno (porção do intestino logo após o estômago), os ductos biliares estão presentes tanto dentro do fígado (ductos intra-hepáticos) quanto fora (ductos extra-hepáticos).

Tratamento para o colangiocarcinoma

O tratamento do colangiocarcinoma, sempre que possível, é por meio de cirurgia, com o objetivo de remover o tumor. O prognóstico em longo prazo varia bastante entre os pacientes tratados por meio da ressecção. Isso porque depende de fatores como a extensão do tumor e o comprometimento dos linfonodos (gânglios).

Tratamento cirúrgico

Dependendo da localização do tumor, a cirurgia poderá ser:

• Ressecção apenas do ducto biliar: esta cirurgia é feita em casos de tumores pequenos e localizados no ducto biliar fora do fígado e longe do duodeno
• Hepatectomia (retirada de uma parte do fígado): cirurgia realizada nos casos de tumores localizados nos ductos biliares intra-hepáticos ou ainda em tumores extra-hepáticos muito próximos ao fígado
• Duodenopancreatectomia (retirada do duodeno e parte do pâncreas): cirurgia feita nos casos de tumores dos ductos biliares extra-hepáticos, porém muito próximos ao duodeno.

Tratamento não-cirúrgico

Em algumas situações, a cirurgia não é possível, devido a fatores como localização do tumor e presença de outros órgãos atingidos pelo câncer (metástases). Nestas situações, o tratamento consiste em:

• Quimioterapia: consiste na infusão de medicamentos pela veia, com o objetivo de combater as células tumorais
• Radioterapia e radioterapia estereotáxica: tem o objetivo de matar as células tumorais com o uso de radiação
• Terapia-alvo: uso de medicamentos que atuam especificamente nas células cancerígenas, bloqueando o seu crescimento
• Drenagem biliar: em alguns casos pode ser necessária a realização de uma drenagem biliar, para aliviar os sintomas causados pelo represamento de bile. A drenagem pode ser realizada por via endoscópica (drenagem interna) ou por uma punção através da pele (drenagem percutânea, externa).

Qual é o médico que trata o colangiocarcinoma?

O tratamento é sempre feito por uma equipe multiprofissional, incluindo cirurgiões, oncologistas, endoscopistas, radiologistas, enfermeiros e nutricionistas, entre outros. A cirurgia para o tratamento do colangiocarcinoma é complexa, e deve ser realizada por uma equipe de cirurgiões especialistas em fígado e vias biliares, com conhecimento de todas as possibilidades terapêuticas.

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