O QUE PRECISO SABER SOBRE A RELAÇÃO DA HEPATITE C E O CÂNCER DE FÍGADO?
Hepatite C pode provocar câncer de fígado? Quando o assunto é câncer muitas pessoas costumam associar o desenvolvimento dessa doença aos maus hábitos e estilo de vida inadequado, como em função do tabagismo, consumo excessivo de álcool e uma alimentação desequilibrada. No entanto, você sabia que os vírus também podem favorecer o surgimento do câncer?
Não estamos falando apenas do HPV, que provoca câncer no colo do útero, principalmente. O vírus causador da Hepatite C também entra na lista, uma vez que essa infecção está relacionada com casos de câncer no fígado.
Neste artigo explicaremos essa relação entre a Hepatite C e o câncer de fígado para que você possa cuidar ainda melhor da sua saúde e se prevenir contra ele. Continue lendo!
Sobre a Hepatite C e o câncer de fígado
A Hepatite C é um tipo de infecção ocasionada por um vírus. A transmissão se dá, principalmente, por meio do contato com o sangue de uma pessoa contaminada. Diferentemente da Hepatite A e da Hepatite b, a Hepatite C não tem vacina.
Apenas uma parcela pequena das pessoas que contrai o vírus da Hepatite C consegue alcançar a cura de forma espontânea, porém a grande maioria se não tratada evolui para hepatite C crônica.
Quando isso acontece, a infecção provoca uma inflamação no fígado. Esse quadro se não tratado e se mantendo por um longo tempo, ocasiona um dano às células hepáticas e a sua substituição por um tecido fibroso, ou seja, cicatrizes.
O problema é que essas cicatrizes não conseguem cumprir as funções das células saudáveis, assim, o fígado aos poucos deixa de funcionar, levando a um quadro de cirrose e a cirrose pode levar ao câncer de fígado.
Além disso, quadros de hepatite C crônica aumentam o risco de desenvolvimento de linfoma não-Hodgkin e de câncer de cabeça e pescoço.
O tratamento da Hepatite C pode reduzir o risco de Câncer de Fígado?
Conforme explicamos, a Hepatite C ainda não tem uma vacina desenvolvida. Isso acontece por que o vírus que provoca a infecção é muito inteligente e sofre mutações rápidas, sendo assim, é difícil desenvolver uma substância que seja eficaz para sua prevenção.
Apesar de não existir uma vacina, a boa notícia é que o vírus que causa a Hepatite C pode ser tratado e não deixar sequelas quando o diagnóstico é precoce.
O grande empecilho para o tratamento do vírus C está no fato de que a Hepatite C é uma doença silenciosa, ou seja, os pacientes podem se mostrar assintomáticos ou com poucas manifestações. Por isso, é importante conhecer os fatores de risco da doença para fazer a triagem dos pacientes, a fim de identificar a doença o quanto antes. Quando a infecção é tratada, conseguimos reduzir em 75% o risco de câncer de fígado.
Os fatores de risco para infecção por hepatite C são:
- ter sofrido exposição a sangue infectado;
- ter feito transplante de órgão ou transfusão de sangue antes de 1992;
- ter sofrido transfusão de fatores de coagulação antes de 1987;
- compartilhamento de agulhas, seringas e objetos cortantes;
- hemodiálise em longo prazo;
- HIV positivo
- realização de piercing ou tatuagem em ambientes inapropriados;
- bebês nascidos de mulheres com quadro positivo de Hepatite C.
O ideal é que pessoas que se enquadram nesses grupos sejam submetidas ao exame para diagnóstico da Hepatite C. Desse modo, é possível realizar o tratamento e evitar as complicações que levam ao câncer de fígado.
É válido ressaltar que o tratamento da Hepatite C passou por muitas mudanças nos últimos anos, passou ter muito menos efeitos colaterais. Agora, ele é realizado por uma terapia medicamentosa por cerca de 2 ou 3 meses. Com os novos tratamentos, é possível obter uma taxa de cura entre 90 e 95%.
Onco Fígado Cirurgia de Fígado e Vias Biliares é de responsabilidade de:
Dr. Rodrigo Vincenzi CRM 104586 (veja o currículo completo)
Dra. Karina Roda Vincenzi CRM 133977 (veja o currículo completo)
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