Geralmente o câncer de fígado é difícil de diagnosticar. Isso porque não costuma apresentar sintomas nos estágios iniciais, e os tumores muitas vezes não podem ser sentidos durante o exame físico, a não ser que já estejam muito grandes.

Quanto mais cedo o tumor é detectado, maiores as chances de cura. Pacientes que já sabem que têm alguma doença no fígado, como hepatite B, hepatite C e cirrose por outras causas, devem realizar um acompanhamento médico de rotina, com a realização de exames periódicos, já que possuem um risco aumentado de desenvolvimento de câncer de fígado.

Conheça algumas perguntas e respostas sobre câncer de fígado clicando aqui!

Diagnóstico do câncer de fígado

O primeiro passo no diagnóstico do câncer de fígado é a consulta médica com um especialista. Nesta consulta, o médico fará uma avaliação da sua saúde e da saúde do seu fígado, para saber por exemplo se o seu fígado já tem algum grau de cirrose. Durante o exame físico, o médico verificará sinais como:

• Aumento do tamanho do fígado ou do baço;
• Inchaço no abdome, podendo ser causado por um acúmulo anormal de líquido, chamado de ascite;
• Pele e olhos amarelados, indicando acúmulo de bilirrubina no sangue, chamado de icterícia.

Se o seu médico suspeitar de câncer de fígado, ele poderá solicitar um ou mais testes para diagnosticar a doença com precisão e indicar o melhor tratamento. A seguir listamos alguns dos exames mais empregados no diagnóstico do câncer de fígado:

Exames de sangue

Um exame de sangue comum pode detectar um marcador tumoral chamado alfa-fetoproteína, que pode ser um sinal de câncer de fígado. Outros exames de sangue comumente realizados ajudam a medir a função do fígado, e com isto determinar o funcionamento do órgão.

Exames de imagem

Exames de imagem como a tomografia computadorizada de abdome com contraste endovenoso (chamada de trifásica) e a ressonância nuclear magnética de abdome, ajudam a definir se um nódulo hepático pode ser um câncer de fígado ou apenas um hemangioma, por exemplo, além de determinar o número de nódulos, localização e se o tumor está localizado apenas no fígado. São os exames mais importantes para o diagnóstico diferencial de nódulos hepáticos.

Biópsia do fígado (biópsia hepática)

A biópsia é realizada em casos onde não é possível determinar o diagnóstico do nódulo hepático apenas com os exames de imagem e a dosagem de alfa-fetoproteína. Uma amostra de tecido do tumor ou da parte saudável do fígado é removida e examinada ao microscópio, podendo ser feita durante uma cirurgia, por laparoscopia ou mais comumente por punção, com uma agulha de biópsia.

Tratamento

Se você foi diagnosticado com câncer de fígado, também chamado de carcinoma hepatocelular, é essencial descobrir a localização do tumor, o número de nódulos e as condições de saúde do seu fígado, para que o melhor tratamento seja realizado. Os tratamentos do câncer de fígado podem incluir:

• Cirurgia, chamada de hepatectomia: tem o objetivo de remover a porção do fígado que contém o tumor
• Transplante de fígado: em pacientes com tumor no fígado e cirrose, a cirurgia parcial (hepatectomia) não poderá remover o tumor sem prejudicar o restante do fígado, sendo necessário retirar todo o órgão e substituí-lo por um outro fígado sem doença. Este transplante poderá também ser realizado com um doador vivo (transplante de fígado intervivos)
• Ablação do tumor por radiofrequência (radioablação): pode ser realizada em tumores menores, consiste na transmissão de calor por uma agulha, destruindo as células do tumor
• Quimioembolização: pode ser indicada para impedir o crescimento do tumor ou reduzir o seu tamanho, permitindo assim o controle do tumor ou o seu tratamento cirúrgico

Leia sobre como o excesso de álcool pode prejudicar o fígado clicando aqui!

Uma equipe especializada em cirurgia de fígado e transplante hepático saberá indicar o melhor tratamento em cada situação, já que cada paciente exige uma estratégia diferente para a cura. Consulte seu médico e avalie a saúde do seu fígado.