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A vesícula biliar é responsável por armazenar a bile produzida pelo fígado. Quando a presença de cálculos ou neoplasias alteram seu funcionamento, é indicada a remoção do órgão através da colecistectomia.

Quer entender como funciona a cirurgia e os cuidados a serem tomados no pré e pós-operatório? Confira o artigo a seguir!

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Afinal, quando é indicada a colecistectomia?

Conforme dissemos, um dos principais motivos para a realização da colecistectomia é o diagnóstico de cálculos, também conhecido como pedras na vesícula ou colelitíase, que pode estar associado a uma inflamação, a colecistite. 

Geralmente, os cálculos se formam devido à precipitação de componentes da bile, substância produzida pelo fígado que auxilia na digestão de alimentos gordurosos. 

Por se desenvolverem em diversos tamanhos, quando se movimentam, podem provocar a obstrução dos canais biliares, prejudicando o fluxo normal da bile e causando sintomas bastante incômodos. 

Logo, a vesícula já não desempenha mais o seu papel de maneira adequada e deve ser removida para evitar maiores complicações.

Em casos de inflamação na vesícula (colecistite), associada a outros problemas como empiema (formação de pus no interior da vesícula), enfisema ou perfuração, a cirurgia pode ser indicada com urgência. 

Além de neoplasias, que também devem ser removidas. Infelizmente, muitas vezes nem sempre é possível a remoção total do tumor, fazendo com que seja necessária uma abordagem mais radical.

Como é feita a colecistectomia?

A colecistectomia é frequentemente realizada de duas maneiras: cirurgia aberta e videolaparoscopia. Abaixo, vamos explicar como funciona cada uma delas:

Colecistectomia aberta

Nesse procedimento, raramente feito hoje em dia, o cirurgião faz uma incisão maior na parte superior direita do abdômen para ter acesso à vesícula e remover o órgão. É uma técnica mais invasiva, com um tempo de recuperação maior e uma cicatriz mais visível. 

Costuma ser indicada para casos mais complexos ou quando a videolaparoscopia não é uma opção viável. 

Videolaparoscopia

Por sua vez, a videolaparoscopia é menos invasiva, pois são feitas pequenas incisões no abdômen do paciente. Através dessas incisões são inseridas pinças e uma câmera para auxiliar na visualização e remoção. 

É a abordagem mais comum para remover a vesícula biliar, resultando em menos dor ao paciente, um tempo de internação hospitalar menor comparado à técnica anterior, e uma cicatriz mais discreta. 

Quais os cuidados pré e pós-operatórios?

Antes de realizar a cirurgia, o paciente precisa passar por uma avaliação para se certificar de que não há nenhuma condição grave que possa tornar inviável a remoção da vesícula. 

É feita uma investigação médica, através da história clínica do paciente, isto é, se possui outros problemas de saúde, como diabetes, hipertensão, entre outros. Quando necessários, são solicitados exames de sangue e de imagem.

O paciente então é instruído a respeitar um período de jejum de 8h antes do horário do procedimento.

Também deve ser informado ao médico o uso de medicamentos ou suplementos. Isso porque alguns deverão ser ajustados ou interrompidos antes da cirurgia. 

Após o procedimento, o paciente recebe alta no mesmo dia ou no dia seguinte.  

A dor também pode variar de acordo com a técnica realizada, mas não costuma ser muito intensa. Pode haver desconforto no umbigo, ao lado direito do abdômen e no ombro, sendo aliviado por meio de analgésicos. 

Inicialmente, o paciente é orientado a seguir uma dieta líquida e com alimentos macios (peixe, ovos, entre outros). Aos poucos, poderá voltar a uma dieta normal, mas evitando os alimentos gordurosos. 

Também é necessário manter a região operada sempre bem higienizada e lembrar que o retorno às atividades deve acontecer após uma ou três semanas.

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Seguindo as recomendações médicas, a recuperação será tranquila, breve, sem complicações.